Ando navegando em ânsia. No mar de vontade. Tudo anda tão confuso que nem sei dar conta se o mar está na calmaria ou a pleno vapor. Ou plenos ventos. Ventania, ser-vento.
Normal, eu sou assim. Normalmente como velhos insanos, transparecendo toda a ambiguidade rouca, nociva e permissiva. Aos olhos do mundo e de quem lhe parece, prometendo sonhos sujos e profundos. Como o buraco-vazio dentro de um mim.
Suspiro.
É de praxe que certas anguladuras se configurem assim, porque eu sempre configuro. Ouço, testo, presto, amo à toda. Sem fazer ode a nada ou ao simplesmente. Um ausente, um caos, um nada. Uma trôpega indiferença que eu encontrei pelo caminho. Mas nada que não se passe por cima. Como escolher um mundo pra mim: eu quero todos!
Lorena A.