"Eu quero, raciocinando com lógica sobre a infeliz tradição a ela referente (à Helena*), libertá-la de toda acusação e fazer cessar a ignorância, demonstrando que seus acusadores estão equivocados. [...] Se o que originou seus atos foi o amor, não é difícil apagar a acusação de culpa de cada uma delas, e não não a que nós queremos. Ademais, mediante a percepção visual, a alma é modelada em seu modo de ser. Assim, quando a vista contempla pessoas inimigas revestidas de armaduras guerreiras com ornamentos guerreiros de bronze e ferro, ofensivos e defensivos e aterroriza sua alma, de maneira que muitas vezes fugimos cheios de pavor iminente [...].
Portanto, se o olho de Helena desejou em toda sua alma, desejo e paixão amorosa pelo corpo de Páris, o que há nisso de assombroso?
Se o amor é um deus, como poderia ter resistido e vencido o divino poder dos deuses, quem é mais fraco do que eles? Se trata de uma enfermidade humana e de um erro da mente, não há que censurar como se fosse uma culpa, mas considerá-la apenas uma má sorte."
[Górgias, filósofo, em Fragmentos e testemunhos.]
* o texto refere-se ao julgamento de Helena, sob a acusação de adultério com Páris.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
logicamente.
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