me esquece que eu não te culpo por ser assim
feito um tamborim
onde eu toco os meus mais surrados sambas.
ousa,
quem poderia assim feito tu
usar e abusar
de mim
descobrir o meu segredo,
o meu manejo,
o meu desespero
e dominar-me enfim?
absurdamente cansei
e casei com o absurdo
com o lúdico prenúncio
de qualquer coisa que chateia.
maneiras
de ser eu invento,
pois sou meu próprio brinquedo
e que é uma pena que nem todo mundo
saiba brincar...
o poder custa caro
o prazer de um errado
de não ser-te santa
em nenhuma hipótese.
e por fim, acabo com a tua angústia rouca
e começo uma leve minha culpa,
do que sempre poderia ser.
Lorena A.
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