domingo, 16 de novembro de 2008

Milonga del amor.

Falo, não o calo. É como se o falar pudesse esvaziar o latejo no coração. Meio capenga ele está, mas de qualquer forma ainda resiste, cheio de arranhões e perfurações. Mas não menos ama-dor.
Escuto os discos, leio os livros e perco a vida. Por semanas ele permanece calado, mas por outras alguém vira e diz: "como estás falante hoje!". E é isso mesmo é a minha vontade de querer sair de mim.
Sair de mim pra entrar no avesso, no cabeça-pra-baixo e aonde quer que você esteja. Entrar no querer... aonde você queira.
Deixar o raciocínio cair na armadilha dos sentidos e pecar algumas semanas por isso.

É só o que se quer.






Lorena A.


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