sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eixo


Olhando a Lua me descobri nela

E descobri quanta graciosidade persiste

Quando o que se deseja é o amor!

Fico a vagar por horas sem saber o que existe

Buscando nadar em vôos nada cômicos

Mas que atomizam o meu desejar.

Tudo que se diz não é mais torto

Nem oco

É preenchimento de querer.

As vidas agora se entrelaçam

Entre mundos

Vidas engatilhadas, prontas para atirarem-se

Rumo uma à outra.

Vida:

Sendo tudo aquilo tudo que pulsa

Aquilo tudo que pensa

E tudo aquilo tudo que nos move...

Traz o descobrir um caminho novo

Percorrido por espírito velho

Mandando vir de longe

Aquele sabor de estrela

Aquele toque de nuvem

E aquele perdão pra sempre...

Na foto, um semblante

De perto um coração

A vida, sem qualquer opção, arde

Tresloucadamente, então

Sigo seguindo-a sem saber sofrer

Protegendo o âmago feito concha

Ou doando o eu

Ou algo que se perdeu no meio

Que já não me pertence mais!

Pois me rendo ao universo

Ao além de tudo

Que me deixa em paz.





Lorena A.

sábado, 25 de julho de 2009

Des_fantasia




Tô dizendo adeus praquele sonho. Tudo que forjei foi seu. Somente por ser único. E último.












Lorena A.

terça-feira, 14 de julho de 2009

be careful.



"E ela tinha o universo dentro da barriga. Percepções também. Coisas que a faziam se dividir ao meio. Dualística, mas racional. Conseguia fazer com que todas as coisas se juntassem e se misturassem dentro dela mesma. À procura de algo que fizesse sentido para toda aquela intensidade que vivia."

Atropelada pela arte, vejo minhas roupas manchadas de sangue e um sinal claro de onde eu devo ir. Mas às vezes me bate um cansaço, exatamente como este que sinto agora. Algo sonoro que teima em não se calar, e me faz buscar um telefone. Fria testemunha do meu imenso querer.

Aquelas cartas ainda fazem um certo sentido, embora tenham demorado tanto. Acho que você teve mais sorte, pois pelas minhas, até hoje espero. Tenho algo pra fazer urgente, mas vivo por enquanto de mãos atadas; em laços de cetim, presa. Viva até a última gota de âmago. Aquela que ainda tem você em mim.

Sinto os caminhos já abertos, sinto a pureza das coisas. Lembro do que me disseram no passado, e o quanto ele dá sentido pra tudo agora e o quanto eu quero viver esse agora. Mesmo que seja um presente bem passado, ou até mesmo um futuro que é presente.









Lorena A.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

no more troubles.




Acredita-se que o amor é a solução para todos os problemas.
Quando na verdade, ele é a recompensa por nos resolvermos de todos eles.









quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pungente


Se só nos resta saber o porquê das coisas, daí então o desejo de tê-las, ouvi-las, de ver o clarear da escuridão. Querendo trocar-se por dentro, mudar de alma, desmaterializar essa pungência.






Lorena A.

CarpiNejar




Se cada um é segredo da vida do outro, cada encontro é uma denúncia anônima.


[Fabrício Carpi Nejar].

segunda-feira, 6 de julho de 2009

P&B


E o grito teve um efeito contrário. Foi torto, ao avesso. Que saiu estraçalhando tudo por dentro, qualquer lugar por onde ele passasse e tocasse. Mas foi lindo, é poético. Alguns atiçam o fogo e ele queima. No lugar errado, na hora errada e geralmente com a pessoa certa. Pois estamos sempre com a pessoa certa. A que atraímos. A que escolhemos. A que desejamos.
picture by El Trio Fotografia.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

[pe]rsonal [ca]talogged [do]ssiê.



Aceitar os fatos e encarar os motivos é determinante. Aqueles cinco minutos inteiros foram o que somente nos separou. Começamos a dividir exatamente depois. Dividir desejos, dividir vontades e satisfação.


Sábia Mãe Natureza, nos faz um para o outro. Com proporções parecidas e cheiros característicos. O encaixe é consequência. E naquela tua boca, o meu medo caindo aos pedaços. Foi tudo química, mas sem medida nenhuma. Sem traduções de nada, ou resultados de alguém que perdeu alguma coisa. Só existiam texturas, sabores, aromas e amores. Fiquei sem pensar durante horas, sem palavras durante momentos também. Mas nada me soava estranho, pois o seu rosto me era familiar. E a química agora, é pecado?


Admitir que as pernas tremem e a boca seca ao menor indício da presença do outro, é pecado? Viver uma intensidade emocional; viver um ataque de necessidade de entrega, é normal? Amar sem pudor, sem regras nem imposições, é pecado? Ainda pode se amar assim?


Eu não queria falar. Eu não precisava falar. O brilho desta vez, não era inútil. Cumpriu a função de dizer o que eu emudeci. Foi tudo digno de relato, de relevância. Vontade de buscar o carro e te jogar dentro e cair no mundo. Enfim o silêncio é ouro e eu prefiro assim.







Lorena A.









scraps.


Trimera Casa de Letras.

Blogueiros do Piauí.