"E ela tinha o universo dentro da barriga. Percepções também. Coisas que a faziam se dividir ao meio. Dualística, mas racional. Conseguia fazer com que todas as coisas se juntassem e se misturassem dentro dela mesma. À procura de algo que fizesse sentido para toda aquela intensidade que vivia."
Atropelada pela arte, vejo minhas roupas manchadas de sangue e um sinal claro de onde eu devo ir. Mas às vezes me bate um cansaço, exatamente como este que sinto agora. Algo sonoro que teima em não se calar, e me faz buscar um telefone. Fria testemunha do meu imenso querer.
Aquelas cartas ainda fazem um certo sentido, embora tenham demorado tanto. Acho que você teve mais sorte, pois pelas minhas, até hoje espero. Tenho algo pra fazer urgente, mas vivo por enquanto de mãos atadas; em laços de cetim, presa. Viva até a última gota de âmago. Aquela que ainda tem você em mim.
Sinto os caminhos já abertos, sinto a pureza das coisas. Lembro do que me disseram no passado, e o quanto ele dá sentido pra tudo agora e o quanto eu quero viver esse agora. Mesmo que seja um presente bem passado, ou até mesmo um futuro que é presente.
Lorena A.
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