quarta-feira, 26 de março de 2008

Cinza.




Não sucumbir à graça daquilo que te atormenta.
Sê chuva de desígnos,
De perdições.

Faz desse dia fundido,
O fatídico,
A misteriosa e vã absoluta terçã
Sofréguida.
Entrelaçada de murmúria e sonhos.

Meus calabouços trancaram-se.
Não me deixam mais perpetuar
A percepção
De um lado de fora.
Do meu lado de fora.

Você vê?
Eu não enxergo.

Apenas entre os olhares,
Entre máscaras desenhadas de lirismos
Sucumbem diante do meu mais libertino pensamento
Julgo ao mento
me[n]ta foricamente abstração.

Saber o que ser então?

De forma alguma.
A tristeza toma conta
A angústia contamina,
E eu continuo assim

Cinza.


Lorena A.


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