Sois condenado pelo crime cometido antes de tua nascença
Antes do projeto de tua existência.
É visível o deserto púrpuro nestes rostos
Nas faces crespas e incrédulas
Nos traços finos e simétricos
Nas feições brutas e tortuosas.
Até naqueles que não possuem domínio alheio,
Que não se deixam decifrar.
Torno-me então desbravadora
De semblantes ocultos
Perdidos em submundos superficiais.
Dentro do crime antes mencionado,
Perceptível apenas através do submundo do consumo,
Da consumo-ação.
Submundo insensatez.
E em tuas vestes, meros dizeres calados,
Reflexos do teu mundo interno,
Ou do conteúdo vazio do teu bolso.
Renda-se então humano!
Ao maior dos prazeres da carne!
A ostentação.
Lorena A.
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