segunda-feira, 1 de junho de 2009

Let-go.


Quando alguém morre - quem quer que seja que você conheceu, amou e conviveu, alguém que se tornou parte do seu ser alguma coisa morre com você também. Naturalmente, você sentirá falta da pessoa e experimentará um vazio. Isso é natural. Mas esse mesmo vácuo pode ser convertido em porta. E a morte é uma porta...
A morte é o único fenômeno existente que não foi corrompido pelo homem. Em contrapartida, o homem corrompeu tudo, poluiu tudo. Somente a morte ainda permanece virgem, não corrompida, intocada pelas mãos do homem. O homem continua perdido em relação ao que fazer com a morte. Ele não a pode compreender, não pode fazer dela uma ciência: eis por que a morte ainda não foi corrompida, e atualmente apenas ela foi preservada da corrupção. É a única coisa que permanece incorrupta no mundo.
Durante séculos nos tem sido ensinado que a morte é contrária à vida, que a morte é inimiga da vida, que a morte é o fim da vida. Naturalmente, ficamos assustados e não podemos relaxar, não podemos estar num let-go*. E se você não pode estar um let-go em relação à morte, permanecerá tenso em sua vida, porque a morte não é separada da vida.
Se você não aceita a morte, permanece incompleto, fica pela metade, desequilibrado. Quando você aceita a morte, também se torna equilibrado. Então tudo é aceito: o dia e a noite, o verão e o inverno - ambas, a luz e a escuridão. Quando as polaridades da vida são aceitas, você ganha equilíbrio. Torna-se tranquilo, torna-se inteiro.



By Osho.

*Let-go: relaxar, deixar acontecer, deixar rolar.

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