Hoje me vi naquele norte, naquele campo elísio que tanto percorremos pra chegar e avistar que tudo pode ainda ser tão belo como a verde claridade esperança que brota de seus olhos. Pensei em ler dez livros de uma vez, de emagrecer dez quilos, contar dez histórias e dormir dez horas por dia. Aquele seu grito abafado embaixo de algum outro edredom ainda pode ser meu, desde que em algum jardim o perfume da rosa devolva o perfume que exalo por poros de pele e fios de cabelo. Tudo ainda sim é cabível quando se dá entrada ao novo, quando me exponho ao meio do sol e deixo que a minha cabeça voe. Imediatamente me parecem aqueles dias sem ânimo, aquelas noites em claro e uma nuvem míope que aparece diante dos meus olhos em cada momento em que me abraço à filha do medo, a dúvida. A mente gera momentos de incerteza e eu, viciada em racionalidade me deleito nessa angústia incessante do pensar e me proponho a escrever, devolvendo a vida aos meus olhos, devolvendo o movimento dos meus dedos. Nunca imaginaria que pudesse caminhar por tais sombras, que pudesse chegar a tão altas nuvens, e que fazendo isso pudesse encontrar retinas diferentes, espelhos cheios de alma, que refletem somente uma imagem contorcida: eu. Daí, as nuvens se colorem e põem-se a exuberar toda a margem que ainda não havia conseguido chegar. Por durante meses e anos ouvi falar em repetições. Não havia então ter de querer viver as mesmas sensações e sentir a mesma pele sendo que dentro da minha maior rouquidão eu conseguisse te fazer falar a minha língua e calar-me com a tua boca. Agora traga seu discurso inconclusivo sobre o amor! A própria armadura do guerreiro derrotada diante da beleza de uma flor que deita e derrama a ternura de um mundo inteiro. Diante dos seus olhos, dentro do seu peito.
Lorena A. de querer tudo. As tristezas e as convicções. As sementes e a alegria. Tudo que vier de dentro, tudo pra onde ela possa caminhar pra fora. Intrínseca. Momentânea e intensa. Pesquisadora dos submundos humanos. Vivenciante dessa condição. Tolerante e explosiva nos momentos certos. Estudante do budismo e amante do paganismo natural. Balança perseverante. Filha de Vênus. Discípula de Xaquiamuni. Mente Voraz!
Enfim, aos leitores deste blog, vale enfatizar que todo conteúdo aqui postado faz parte do mundo de peripércias visuais, [quase reais] da minha cabeça. Passivas de interpretação. Inclusive das suas. Agora, se a carapuça te servir...
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