terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Contra-senso



Curvas... dançam sombras sobre elas.
Luas... pairam no ar a te sombrear.
Nua... o teu eu engrandece os meus olhos
invade-me
O desejo... vejo estampar-te o rosto
Sem escrúpulos
No submundo do teu olhar...

Olhos... janelas da verdadeira alma
Do prazer exato
Através deles eu posso te alcançar...
Alcançar esse teu eu
O mais perfeito e delicioso,
Eu.

Na malícia de cada gesto meu
O encaixe perfeito.
A contração latente
Que por ser tão exigente
Me faz perder o além
O além de algum senso
O contra-senso,
De ter você em mim.



Lorena A.

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