Fiquei de embarcar no próximo avião, mas não pude, pois tive que esperar alguém ir antes de mim. O oceano continua lá juntamente com as palavras ditas e as que não foram ditas, esperando a oportunidade de se fazerem válidas e de virem junto com aquela fumacinha saindo da boca. É estranho, mas ao mesmo tempo é o meu ânimo. Se todos os dias não amanhecessem iguais, eu talvez não seria da mesma forma.
Sigo o meu passo, um certo desalinho. Flores que invadem a minha cabeça durante o dia, eu já consigo guardá-las até o final da noite, pra garantir um despertar absorto de idéias abomináveis e imprevisíveis. E tudo aquilo sempre faz sentido quando eu paro pra escutar.
Dia desses me perguntaram se eu ainda sabia amar, eu disse que não. O que aprendi foi a derramar aqueles sonhos tirados de nuvens anteriores e pessoas sem nome. Acho que até eu não tenho mais nome, pois a cada dia me livro de uma personalidade intrusa e simplesmente deixo uma determinhada conhecida familiar entrar em meu nome.
Parece insanidade, diriam os mais sãos. Mas de que provável facilidade elas me corrompem, se diante de tanta imensidão eu jamais poderia me considerar única, tendo o mundo em minhas mãos e o universo a meu favor?
Nem fico triste nem nada... Fico mais é feliz, pois escuto aquela vozinha cantando que adoro tanto no fim do filme que eu adorei tanto também. O que escrevo hoje nem pode ser poesia, mas [n]a verdade aparece aonde a gente menos espera.
Lorena A.
Um comentário:
Que texto lindo amiga, vc continua com uma alma linda!
E, amar não se esquece é um sentimentosinho q adormece um bocado as vezes qdo o coração é machucado... Mas logo acorda!
Te adoro!
Bjoks
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