Já consigo perceber que a vida é feita de fragmentos. Momentos que se misturam a histórias e fazem um eu, fazem um você. Vejo isso a cada momento que entendo, sinto e percebo. Dentro de um moinho louco dos acontecimentos, vejo gotejamentos de intensidade e lucidez; uma maneira rápida e evidente de se dizer o que é vida, de se perceber humano. A cada dúvida esmiuçada, a cada banho de desejo ou de decepção, a impermanência minha amiga se revela cruel e absurda; majestosa e divina.
No suspiro que precede a palavra prestes a ser propagada, eu me abrigo naquela que cala. Depois que descobri a profundidade do abismo imenso que há dentro de mim, perdi o medo de me jogar…
Lorena A.
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