Quero me forçar a desfazer o óbvio, quando o que ainda consigo manter é verdadeiro. De uma força cálida e estúpida esse vento torto me faz borbulhar, entre os devaneios tolos e as mil e uma possibilidades. Derramo ego como quem colhe sentimentos. Perco a vontade e me torno pálida. Mas cheia de sangue e de carne por dentro. Os olhos ainda brilhosos escondem uma face lânguida e monótona, cheia e lacunas imperceptíveis ao teu olho nu. Penso em viver a vida que há nos haikais, nos contos lúdicos e românticos. Na maestria geral que habita os sons de harmonia. Na leveza imensa que deve haver no teu toque que sinto ao me olhar. De onde provém tanta pureza? Existe permissão pra se sentir assim? Habito em peito, um coração. Digo ao mundo, o todo. Eis me o amor de verdade! Redenção!
Lorena A.
Picture by El Trio Fotografia.
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