Refreia todos os teus desejos. Deixa crescer mofo nos lábios. Transforma-te numa peça de seda imaculada. Deixa que teu único pensamento seja a eternidade. Procura assemelhar-te às cinzas mortas, frias e sem vida, ou sê como um velho incensório num santuário abandonado de uma aldeia!Põe tua fé nisto e disciplina-te. Deixa que teu corpo e tua mente se tornem objeto da natureza, tal uma pedra ou um pedaço de madeira. Quando um estado de perfeita imobilidade e inconsciência é obtido, cessarão todos os sinais de vida e mesmo os traços de limitação. Nenhuma idéia te pertubará a mente. Até que, súbito, descobrirás uma luz brilhando no seio de uma alegria imensa! É como cercar-se da luz no meio das trevas. Como receber um tesouro na pobreza. Os quatro elementos e os cinco agregados não mais se assemelham a pesados fardos, tão leve e tão livre tu estás. Tua própria existência foi libertada de toda as limitações. Estás aberto, leve, e transparente. Ganhaste uma visão iluminadora da verdadeira natureza das coisas, que te aparecem agora como flores fantásticas sem realidade concreta. Aqui se manifesta o ser sem sofisticações, que é a face real do teu ser. Aqui é mostrada, em toda a sua nudez, a paisagem do teu nascimento. Há somente uma paisagem direta e desobstruída internemente. Isto ocorrerá quando entregares tudo – teu corpo, tua vida, tudo enfim que pertença ao teu ser mais íntimo. Aí sim, alcançarás a paz, a tranquilidade na ação e deleites inexprimíveis. Todos os sutras e sastras nada mais são do que comunicações desse fato. OS sábios antigos e modernos esgotaram o seu engenho e imaginação para apontar esse caminho. É como o destrancar da porta de um tesouro. Quando chegamos à entrada, cada objeto que a vista alcança é nosso, cada oportunidade que se apresenta está disponível para nosso uso. Acaso não poderão ser obtidas todas as posses aguarda apenas o que descubras e utilizes. Isto é o que significa: “Uma vez ganho, eternamente ganho, até o fim dos tempos”. Todavia, nada foi ganho. O que obtivesse não é ganho. No entanto, há algo que foi realmente ganho.
Lorena A. de querer tudo. As tristezas e as convicções. As sementes e a alegria. Tudo que vier de dentro, tudo pra onde ela possa caminhar pra fora. Intrínseca. Momentânea e intensa. Pesquisadora dos submundos humanos. Vivenciante dessa condição. Tolerante e explosiva nos momentos certos. Estudante do budismo e amante do paganismo natural. Balança perseverante. Filha de Vênus. Discípula de Xaquiamuni. Mente Voraz!
Enfim, aos leitores deste blog, vale enfatizar que todo conteúdo aqui postado faz parte do mundo de peripércias visuais, [quase reais] da minha cabeça. Passivas de interpretação. Inclusive das suas. Agora, se a carapuça te servir...
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