Acordo. Abro os olhos e tento reconhecer onde estou. O sol brilha forte e ofusca minha visão. Procuro por ele à minha volta e percebo que ele partiu. O que terá acontecido? Pra onde ele pode ter ido? Se tudo que eu vivi foi apenas um sonho, porque eu ainda estou aqui? Será que estou acordando dentro de outro sonho?
Desesperou-se. A ansiedade tomou conta do seu corpo. Meu Deus, antes de despertar eu estava com o ser mais belo que ela já havia conhecido na vida. E agora, estava só. O pior era que ainda não tinha certeza de sua própria realidade.
Pôs-se a andar por entre trilhas no bosque iluminado, a temperatura mantinha-se amena, o que lhe dava mais segurança, mas não diminuía seu desespero.
Por que estava vivendo aquele pesadelo? Mais uma vez estava mergulhada em dúvidas. Pensamentos desconexos que a ela não faziam o menor sentido. Lágrimas escorriam-lhe no rosto. Brotavam dos olhos involuntariamente. Durante dois dias andou perdida em um bosque solitário e entre pensamentos vazios.
Exausta e transtornada de fome, caminhava entre árvores que, reconheceu ela, serem árvores que costumam habitar margens de rios e lagos. Naturalmente, por ali perto haveria água.
Logo em seguida avistou uma cabana incrustada em uma rocha, na margem do lago à frente. Correu desesperada como se estivesse tendo a visão do divino: naquela cabana estaria a sua salvação.
Aproximou-se da porta e bateu com o pouco de força que lhe restava.
Agora ela só poderia esperar.
Quando quase desmaiava na varanda da tal cabana, com as pernas tremendo, aproximou-se da porta um rapaz, com mais ou menos da sua idade:
"Sei que está fraca e faminta. Entre, aqui estará segura."
continua...
Lorena A.
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