quinta-feira, 5 de julho de 2007

reflexões.

O que queres da vida?
O que deseja pra si mesmo?
O que acha que é melhor pra você?

Até um tempo atrás, eu tinha uma certa dificuldade de decidir o que eu realmente queria para a minha vida, o que eu achava que realmente era bom pra mim, ou o que eu achava que me faria feliz. Tinha como bússola para a minha tomada de decisões o que meu coração gritava e dizia que era bom. A tal história de seguir o coração.
Não fiz grandes escolhas seguindo-o. Na verdade, nem sempre era aquilo que eu queria. Mas depois de várias escolhas frustradas, descobri que o coração é um mau conselheiro, que ele é enganoso, mas que, também, não devemos negligenciá-lo. Devemos sim ouvir o que ele têm a nos dizer, é importante. Mas a chave de tudo está em ouvi-lo e interpretá-lo. Não em segui-lo cegamente, pois quando se está perdido e se decide seguir apenas ao coração, mais perdido tende a ficar.
Mas daí me surge a pergunta: se não deve se seguir o coração, a quem devemos seguir então? A razão?
A escolha pela razão me é útil no meu dia a-dia, desde as minhas escolhas mais simples até as mais complexas.
Aprendi a racionalizar meus sentimentos apenas. Não a deixar de senti-los.
Houve um tempo em que estas questões me amarguravam muito, me causando uma angústia profunda.Mas houve um tempo. Não existe mais.
Me deixava levar muitas vezes por opiniões alheias. Não que estas não tivessem a sua importância, mas o fato é que eu não conseguia filtrá-las e repensá-las. Acabava tomando-as como as minhas próprias opiniões. O que consequentemente agravava minha situação.
Na verdade, eu queria tudo ao mesmo tempo. Razão, emoção, sentimentos... tudo!!!
Mas isso também é um erro, pois eu continuaria sem encontrar nenhuma resposta... apenas surgiriam mais dúvidas ainda.
E, depois de tanto refletir sobre a vida, de pesquisar religiões, mergulhar na filosofia, cheguei à conclusão de que tudo, absolutamente tudo, só é possível a partir do seu desejo mais profundo. Basta você querer que tudo começa automaticamente a transformar-se ao seu redor e no universo inteiro para que seu desejo seja realizado da forma que você planeja.
Mas não se deve apenas desejar, mas querer com o seu mais forte íntimo, e não preocupar-se como isso virá a ocorrer. Isto não nos cabe, pois o Universo de Deus é muito mais poderoso e se encarregará de trabalhar para a nossa realização, seja ela qual for.

Descobri também em meio a este turbilhão, o grande poder da intenção. Poderá para alguns, soar como falsa modéstia ou até hipocrisia, mas nunca fui pretensiosa para conseguir o que eu queria. Na verdade, eu era apenas uma pessoas que não se amava o suficiente e que compensava essa falta de amor-próprio, essa passividade, como uma forma de mostrar-me humilde, de tentar mostrar que não queria me aproveitar de ninguém e de nenhuma situação. E ninguém tem noção do quanto difícil foi admitir isso. Não pros outros, mas para mim mesma.
Assim, amadureci.

Foi difícil descobrir que realmente de boas intenções o inferno está cheio.

Humildade não é passividade.
Humildade é sentimento nobre, é força sobre humana.
É dádiva.

Quanto ao uso da razão percebi também que basear-se somente nela pode fazer com que você deixe de viver a sua condição humana. Não se permite viver o amor, a paixão, o perdão, sentimentos bons como estes. Claramente, ela nos priva de certas decepções e sentimentos ruins, como a culpa, a raiva e o ódio. É uma faca de dois gumes: precisa ser bem trabalhada para gerar bons resultados.
Hoje, posso afirmar que me encontro entre esses dois pólos: Razão e Emoção, na busca permanente do equilíbrio pleno, que é onde encontro as respostas para as minhas dúvidas.
E em falar no grande poder da positividade.
Mas isto é uma outra história.

Lorena A.



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