segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Neste espaço aonde não tenho lugar.

Quando abri aquela página, percebi que o que eu havia visto inicialmente se tratava de um mero fragmento. Típico de pessoas aguniadas, que vivem tudo com uma certa pressa de não saber de onde vem, nem para aonde vão. Tudo bem, não me puno por isso nem considero suas palavras como vãs. Apenas as ouço com a doçura de mim e acredito no mesmo que você acredita.
Chato é ter que esperar pra ir te ver. O oceano todinho conpilou e afastou você de mim. Mas o ar, essência maior do meu eu, disse que a calma é projetada no encontro, pois o futuro, ao contrário do que mentalizam outras pessoas, já existe, e o agora é só a espera por ele.
Viva o absurdo das horas!
Cúmplices de um ser feminino.
Fatalidade não há no meu existir, só permanecem os fatos, e claro, um vivendo amor, então.




Lorena A.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Dezembro.

Queria poder escrever todo dia, mas o todo dia aí demora, aqui demora e assim o tempo pára. Tendo todo ele pouco pra pensar e pouco espaço pra agir. A vida urge e teima em surgir. É tanta dança que pulsa nas veias por debaixo da pele, por debaixo da roupa. Tudo fere. Feito lança em horas que passam voando direto do ser de dentro. Do ser em chamas sendo o desejo que entorta cálido o teu amor em mim.







Lorena A.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008



"Quem as suas lágrimas canta,
Quando acaso as canta bem
Não canta só suas mágoas,
Canta as de todos também".



Trova, de Mário Quintana.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Reverie



Vou parar pra escrever.
Tá, tudo bem.
Escrever o quê, então?
Sobre você, sobre eu, sobre o mundo?
Sobram letras e falta criatividade.
Falta vontade de esmiuçar sobre essas verdades capitais
Que eu tanto teimo em enxergar.
Que eu tanto teimo em vesti-las com tuas falsas verdades.
Prefiro falar sobre o vão.
Sobre aquele que não tem origem,
Não se sabe de onde veio,
Nem pra onde vai.
Assim não se comete erros,
Não se diz atrocidades,
Não se equivoca.

Cheio de nãos também...
Desta forma preencho essa página.
Encho de lágrimas a vastidão.
A soturna e vazia lápide de um ser.
Um ser azul turqueza ou turmalina.
Mesmo preferendo ser rosa.
Mesmo não importando o que sai da boca ou do...
Ops,
Do outro lado de lá.
Aí do seu lado,
Interlocutor.
Que pra mim mais parece um abismo...
Nebuloso e rouco,
Onde repousam os meus mais sórdidos sonhos.
Onde cavalguei nos teus mais tórridos pesadelos
Que em fonte de prazer
Transformam-se em luxo, superficialidade.
Embrulho.
Mas no meu estômago
E no meu âmago.
Soco de vida e de amor.
Sopro de atitude e disposição.
Ser.
Não sei não ser mais.
E só.













Lorena A.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

How to desappear completely.



A vida se integra de vários caminhos, caminhos e certezas e dúvidas andam presentes no vão dos dias, no chão das horas, nas vontades de outrora.
Por saber disso tudo, caiu no desejo da realidade, na doce e linda canção. O que o olho diz, mas que a boca, não ousa dizer.

Espero.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

iluminado


Não dá. Não dá pra parar assim no meio da coisa. É tanto ímpeto que derrama. Mas como fazer ce uma certa vez eu li em alguma porta de banheiro que pior do que a própria ira, alimentá-la, é ter o seu prazer. De senti-la. Asssim como um prazer carnal, pois deve vir de mim mesmo, pois se fosse de outro lugar, certamente não seria assim.
Boicotes, vontades ao contrário, vontades ao passado. A tudo que dizia respeito do antes. Mas também passou, pois nessas sensações impera o medo do velho, prefiro o pânico, pois dentro desse existe um mar de possibilidades. Ilusórias ou não. Sendo eu ou não. Sendo tudo ao mesmo tempo.

O iluminado é sempre um iluminado. Por mais que a escuridão não o considere, a luz sempre prevalecerá.




Lorena A.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Perfeito eu.

Sem pressa. O sol não desfez a nuvem completamente. O momento da parcimônia é presente e eu não tendo a me apressar. Noivar com o baixo, o sereno, o trânsito leve. Com um pouco de submissão ao tempo, que tanto insiste em rompar. Mas nada dissso hoje, pois o amanhã é aguardo e eu cérebro. Celebro. A todo instante. A vontade é múltipla e eu me faço instante. Assim mesmo, instante. Como um vazio imenso... imerso no meu existir, nas minhas palavras-falas... expressões. Em cada dia que amanhece meio nublado, ou com aquele sol escaldante que me deixa mais tórrida. Menos sucumbida aos teus caprichos... Mais ainda apaixonada por mim mesma. Um verdadeiro e perfeito eu.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O passeio pelos quatro portões.

"Um dia, saindo pelo portão oriental do palácio, pretendendo fazer um passeio agradável, o jovem Siddartha confrontou-se com a figura de um homem idoso. Saindo pelo portão sul, em outra ocasião, ele viu uma pessoa doente. Então, quando saiu pelo portão ocidental, encontrou um cadáver. Finalmente, saindo pelo portão norte, encontrou um homem que havia abraçado a vida religiosa e estava engajado na prática de uma maneira digna. Profundamente comovido, imediatamente resolveu deixar seu palácio, e ele próprio segiu o mesmo modo de vida!"


[O passeio pelos quatro portões]. A história de como Sakyamuni veio a renunciar sua vida secular.

scraps.


Trimera Casa de Letras.

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