quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Onde menos se espera, no hoje.

Fiquei de embarcar no próximo avião, mas não pude, pois tive que esperar alguém ir antes de mim. O oceano continua lá juntamente com as palavras ditas e as que não foram ditas, esperando a oportunidade de se fazerem válidas e de virem junto com aquela fumacinha saindo da boca. É estranho, mas ao mesmo tempo é o meu ânimo. Se todos os dias não amanhecessem iguais, eu talvez não seria da mesma forma.

Sigo o meu passo, um certo desalinho. Flores que invadem a minha cabeça durante o dia, eu já consigo guardá-las até o final da noite, pra garantir um despertar absorto de idéias abomináveis e imprevisíveis. E tudo aquilo sempre faz sentido quando eu paro pra escutar.

Dia desses me perguntaram se eu ainda sabia amar, eu disse que não. O que aprendi foi a derramar aqueles sonhos tirados de nuvens anteriores e pessoas sem nome. Acho que até eu não tenho mais nome, pois a cada dia me livro de uma personalidade intrusa e simplesmente deixo uma determinhada conhecida familiar entrar em meu nome.

Parece insanidade, diriam os mais sãos. Mas de que provável facilidade elas me corrompem, se diante de tanta imensidão eu jamais poderia me considerar única, tendo o mundo em minhas mãos e o universo a meu favor?

Nem fico triste nem nada... Fico mais é feliz, pois escuto aquela vozinha cantando que adoro tanto no fim do filme que eu adorei tanto também. O que escrevo hoje nem pode ser poesia, mas [n]a verdade aparece aonde a gente menos espera.







Lorena A.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Nãos e sim.



_ Não, não e não.

_ Você só sabe dizer não?!

_ Sim!



[By Arianne Pirajá]

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sordidez - Del La Gartta.

Venho do mesmo canto pedir fome.
Fome de gente, fome de junto
De laço, de estranhos nomes
E vontades conhecidas,
Sendo quase disléxica ambiguidade.

Ando nutrindo generosos jardins,
Pétalas sonoras
Ávidos azuis, rosas...
Cheiro que derrete âmagos.

Saudade pura; os lírios de fato,
São o que acontece:

Entre o glitter assoprado no céu,
Entre o vão da intensidade dos dias,
Na quentura de cítricas cores
enquadradas...

E sim!
No chão das horas,
Um diálogo entre um amor - que acontece.






Lorena A.

domingo, 11 de janeiro de 2009



Como ama médio?!
Tipo, ama eu e LOUCA.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Let´s Go.

Penso que tudo isso vai mudar como me diria qualquer um falso prenúncio. A integridade permanece intacta e eu médio leve. Deixo-me levar então por pensamentos vazios sem um destino certo. Sem uma pessoa certa. Assim como se nenhum fizesse sentido e eu menos ainda. Estranho. Muito estranho considerando todo o projeto de trás. O que já foi perde o sentido. Junto com aquela minha vontade de ser dupla, de andar em dois, de pedir que fique. Dura dois três dias, mas depois esquece. Inconstância? Não. Falta de inocência. Mas muita coerência. Racionalidade. Que não têm me levado a lugar nenhum. Vamo?






Lorena A.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Às vezes, à noite.

A noite nem sempre acaba, mas dela não saio ilesa. É tanta ideia junta que a mise-in-scenè da vida me deixa tonta. O ventilador percorre cada centímetro-pêlo, pensando, pensando... junto com a vontade de acordar cedo e levantar mais tarde. Wake up... waking life. Escuto o tempo todo. O som do martelo é diamante no ouvido e eu fico cansada com isso. A língua não quer mais falar português, nem o ouvido sentir grunidos assim. Não penso em outra coisa. Sei que é inerente do ser humano esse tal de medo. Mas não gosto quando ele me domina assim.

Aí todo mundo vai embora. E eu continuo aqui. Meu amigo Osho diz que é assim mesmo, que busquem a solitude os que forem inteligentes e sigam seguindo a vida. Muito fácil ler, muito mais ainda compreender. Acho que já senti isso, já até escrevi sobre isso. Nem é tão fardo, mas quando se percebe que o frio de antes acabou e que a busca do agora é por outro frio, fico parada. Ilesa, lesa, macabra. Cheia de dúvidas e de macacos-fardos. Pesados feito elefantes brancos no abismo imenso. Pulando de neurônio em neurônio na minha cabeça que eu tenho até que parar. Pois o saculejo é grande.

Como destruir tanta magnitude, se quando o que se deseja são as grandiosidades?
Como ser tolice ao ponto de admitir a estupidez do teu silêncio ao invés de relevar a minha estupidez e elevá-la ao ponto máximo de sanidade sonora?
Nem sei nada disso. Só quero mostrar isso tudo pra alguém e me sentir uma rosa. Perceber que a fatalidade é máscula e que a culpa, é sua.











Lorena A.

domingo, 4 de janeiro de 2009



Penso em atravessar o oceano.
Ainda não sei como, se de barco ou de avião.
Pena não saber nada[r].





Lorena A.

Reescrever-te o dia.


Por estes ecos loucos
e soltos
Enturmecidos em bordão
Chamo-te em meu nome:
À imensidão.
Por estes dias fardos
Em arrastar de horas
Por entre outros laços,
desacatos;
Pura estupidez.
Me calo
E o faço calar...
Doce é o semblante desses dias
[os que estão por vir]
Quando se queima
em espera
Quando se tem o mar como abismo
Refletindo o seguinte:
Por este instante,
permito.
Porque destes roucos lírios
de ser
Sou eu
E por ser você...
A fingidez do dia
A máscara que me corrompe
Por simples em mente
Vendo em você,
o amor.





Lorena A.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Makes me.



Me faço inatingível
inaudível
pra que um santo sacrilégio consiga me alcançar.

Feito música num ouvido
surdo
Algo que teima em pulsar.

Na coragem, contratempo
nas mãos a ampulheta...
tormenta.

A vontade acelerada

voando pelas nuvens
voando pelos mundos

Giz de vida
riscando o céu.

Entardecer no que se acha realidade
A vida que no presente anseia
Que presenteia
Nutrindo um ego-eu

com força
com garra
com armas
com amor.








Lorena A.

scraps.


Trimera Casa de Letras.

Blogueiros do Piauí.