sábado, 30 de maio de 2009

habla me!



Você sabe falar de amor?
Quão vasto e inerte é este sentimento, então!
Se falasses com a língua
O demorar seria perfeito
Paira-ri-ão sobre nós reinos e majestades.
Mas de fato
Que língua é essa?
A tal qual
Não conseguimos conversar?

Apenas de aulas nos contentamos
Cheirando a música
E a poeira de tempo.
Brincando de futuro,
e sempre sempre
lembrando o pseudo-passado comum.

Nas cartas não vejo mais viagem
Nem mais vantagens
Caberem dentro de um idioma
Que desisti de cantar.

Apenas é oco o meu grito
E inválido:
Já que não consigo fazer
Você em mim penetrar.




Lorena A.

Vontade de ser junho.

Vejo que atraio tudo que penso. Todo subterfúgio de sentimentos é obra-prima de um ser. As emoções se configuram como grandes estrelas brilhantes, colorindo quadros que pinto. Enquanto isso, diversos outros muitos retratos que penso em tirar. Estátuas gigantes crescem cada dia que passa e me mostra egos pequenos, mediocridade distante e vontade latente. Acho que isso é ser gente. Num mundo de hoje tão atribulado, atrapalhado, me faço em 700 personalidades presentes e inconstantes. Pecado não deve ser, pois pra todos é permitido; e faço isso com arte. Mereço a vida como qualquer grão de pó que voa pelos céus. Por entre nuvens que me trazem melodia. Sincronismo. E assim consigo entender a Sinfonia da Vida. My heart is a [fragile small box].
Lorena A.

wait ´till tomorrow.



We don´t have wait untill tomorrow....

quarta-feira, 20 de maio de 2009

grey and blue sky


Às vezes me pego desejando certas canções que ainda ninguém nunca cantou. Talvez seja por efeito de uma realidade etérea, ou de alguma maneira a vontade pulsante que me faz acordar em uma hora inesperada. Os sustos, os sonhos, os medos são sempre os mesmos quando se procura irradiar a luz das estrelas ou simplesmente falar com outra voz. É claro que o magma presente em mim é seu e ele ferve como o de costume. Mas assim mesmo como ferve, também transborda, dança, escorrega pra algum lugar junto com uma parte de mim.


É desencanto o que se mostra assim. Mas a distância é mãe certas vezes, como eu já haveria de saber. Pois não há mundo sem habitantes, apenas flores pedindo perfume, deixando que o azul ou cinza de certos céus se espalhem como quem não quer nada. Te trazendo ou me levando a cada momento que surge junto com a imagem daquilo que vem a ser.








Lorena A.

domingo, 17 de maio de 2009

The sublime logic.

Refreia todos os teus desejos. Deixa crescer mofo nos lábios. Transforma-te numa peça de seda imaculada. Deixa que teu único pensamento seja a eternidade. Procura assemelhar-te às cinzas mortas, frias e sem vida, ou sê como um velho incensório num santuário abandonado de uma aldeia! Põe tua fé nisto e disciplina-te. Deixa que teu corpo e tua mente se tornem objeto da natureza, tal uma pedra ou um pedaço de madeira. Quando um estado de perfeita imobilidade e inconsciência é obtido, cessarão todos os sinais de vida e mesmo os traços de limitação. Nenhuma idéia te pertubará a mente. Até que, súbito, descobrirás uma luz brilhando no seio de uma alegria imensa! É como cercar-se da luz no meio das trevas. Como receber um tesouro na pobreza. Os quatro elementos e os cinco agregados não mais se assemelham a pesados fardos, tão leve e tão livre tu estás. Tua própria existência foi libertada de toda as limitações. Estás aberto, leve, e transparente. Ganhaste uma visão iluminadora da verdadeira natureza das coisas, que te aparecem agora como flores fantásticas sem realidade concreta. Aqui se manifesta o ser sem sofisticações, que é a face real do teu ser. Aqui é mostrada, em toda a sua nudez, a paisagem do teu nascimento. Há somente uma paisagem direta e desobstruída internemente. Isto ocorrerá quando entregares tudo – teu corpo, tua vida, tudo enfim que pertença ao teu ser mais íntimo. Aí sim, alcançarás a paz, a tranquilidade na ação e deleites inexprimíveis. Todos os sutras e sastras nada mais são do que comunicações desse fato. OS sábios antigos e modernos esgotaram o seu engenho e imaginação para apontar esse caminho. É como o destrancar da porta de um tesouro. Quando chegamos à entrada, cada objeto que a vista alcança é nosso, cada oportunidade que se apresenta está disponível para nosso uso. Acaso não poderão ser obtidas todas as posses aguarda apenas o que descubras e utilizes. Isto é o que significa: “Uma vez ganho, eternamente ganho, até o fim dos tempos”. Todavia, nada foi ganho. O que obtivesse não é ganho. No entanto, há algo que foi realmente ganho.




Sekiso (Shim-Shuang).

terça-feira, 12 de maio de 2009

Deixe estar!






Let Be.

domingo, 3 de maio de 2009

love is a game[insert coin].

Não é necessário que eu me contente com os tons de cinza pois o que desejo é bem mais colorido e diversificado. O rastro do teu ser me persegue, parece que pintou nos olhos algo que não consegui definir, a cor talvez que eu tanto desejei encontrar, mas que ao contrário de se ver, se esconde. Algo calado ainda permance falando. Mas não assim de hora em hora, ou quando alguém sugere algum assunto. Só quando a escuta da fala é feita pra dentro, o avesso, no inconsciente que se projeta pro mesmo dentro e bate, bate no peito, e eu escuto. Feito canção descompassada, um riso altivo, algo sem graça. Uma ópera de coisas doloridas e másculas, guardadas em uma caixa de transe, cheio de glitter do céu e ventanias do mundo. Preciso usar óculos escuros quando te ver. O brilho é muito, inútil e delatador. Muita saudade é o que estou sentindo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

suffice it

E nada do que eu havia dito tinha muita necessidade. O valor imensurável da experiência pessoal precisava ser visto, ouvido e digerido. Pelo menos alguém ouviu e interpretou bem, entendeu o que eu disse e interagiu comigo. Me deu conselhos e força. Me fez ver em frente. Só me resta seguir.

Às vezes as cores me fogem feito nuvens entre os dedos; a pele, fica menos encorajada, perde o sabor e ganha o medo. A boca fica levemente branca e as pernas, trêmulas. O coração palpitante em ânsia. Muita ânsia. De todos os tipos: de vômito, de âmago, de saudade, de solitude, de solidão.

Como gritar com um eco mudo, o supra sumo, às vezes interpretável embora completamente compreensível? O bastar-se em si mesmo é isso. Sem mais delongas ou reverberações contraditórias, é. Tudo processo. E o objeto processual? Eu. Alguns chamariam intuição, sexto sentido, premonição. Não me chateio nem nada pois o beyond deles anda escondido. Será que somente eu enxergo? Será que somente eu não vivo essa cegueira generalizada? Uma certa paralisia talvez, mas a cegueira não me cabe. Certamente não ando sozinha por esse caminho onde se precisa ver o que se está além. Vivendo o momento presente, fazendo de si mesmo, a mais incrível e verdadeira obra-prima.

Dói. O processo é dolorido. A dor faz parte do sofrimento e o sofrimento faz parte da declaração do universo ao mundo, da mudança, da simples e imensa evolução. Aonde ela está? Aonde ela estaria? Dentro de algum lugar que se fechou, mas que se retorce em vontade de se abrir, que pensa que acabou, mas no deep sobrou alguma coisa de mim e de você lá; ou daquelas pessoas com quem convivi ontem.

Sabedoria em versos de quem não sabe nada.

Não me faço tapete pra que me pisem, mas pra que possam voar todas as noites no estranho manto de glitter no céu. Não entrego o coração pra que o menosprezem, mas para que façam dele um catalizador. Uma arma transbordante de energia imbatível, impenetrável, indestrutível. Não costumo virar as costas pra nada. Às vezes acontece. É importante. Dizer não também faz parte.

Entre muitos momentos não sabia o que dizer, mas o fazia, pois amava o desnecessário. Meus olhos eram cegos, e assim haviam de ser; pois ainda não sabia enxergar a verdadeira beleza. Algo me golpeava a alma, algo parecido com febre ou asas perdidas num caminho. E assim, hoje me faço só, parada a decifrar essa transcendência.

The sublime logic leads to absolute telepathy.

E como o susto de primeiro passo, assim senti: o vago, um sem corpo, que por uma dor que nunca cessa, abriu-me de súbito. “Um céu debrulhado e aberto, planetas, plantações palpitantes, a sombra perfurada, atravessada por flechas, fogo e flores. A noite agasalhadora:o universo. E eu,um mínimo ser, ébrio do vazio enorme constelado, à semelhança, à imagem do mistério, senti-me parte pura desse abismo, girei com as estrelas, meu coração se desatou no vento”…


Today I don´t scream “rescue me” more.

scraps.


Trimera Casa de Letras.

Blogueiros do Piauí.