quarta-feira, 27 de junho de 2007

sinto.

em seus olhos posso sentir a felicidade
sem malícia, na mais inteira bondade
coisa que dificilmente se vê
que ninguém quer ser
sem dó nem piedade.

amargo o doce amor dessa paixão
e que por ela peço perdão
por me deixar levar assim
nesse anseio sem fim
clamo por um novo coração.

[pois o meu está despedaçado]

Lorena A.


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segunda-feira, 25 de junho de 2007

maternidade pagã.

"Fosse o que fosse, as contrações retornaram, com uma dor dilacerante que superou a minha intenção de não soltar gritos estridentes. Repetidas vezes fui sacudida pela dor, mas em breve consegui discernir naquilo uma espécie de ritmo. Márcia colocou-me sobre um banquinho de parto e entregou-me um rolo de pano para morder. Drusilla postou-se atrás de mim e uma das criadas segurou cada braço. Depois fiquei sabendo que lhes apertara o pulso com tanta força que as machucara, mas na hora não me dei conta do que fazia.

Senti o gojetamento de sangue aquecido e o óleo quente com que Márcia estava me massageando.
- Você está indo bem - disse-me ela. Quando o impulso vier, faça força para baixo até não poder mais.
Em seguida, a mão gigantesca de comprimiu mais uma vez e eu fiz pressão, sem me importar mais se alguém me ouvisse gritar. Foi assim repetidas vezes, ate eu achar que devia rasgar-me ao meio.
- Peguei a cabeça - disse a Márcia e, em seguida, uma última convulsão me dominou e o resto da criança deslizou livremente.
Quando ela a ergueu, passou diante do meu campo de visão uma forma arroxeada que se contorcia, inconfundivelmente do sexo masculino, e em seguida, ressoou pelo quarto um berro estrondoso de protesto que, sem dúvida, devia ter sido tão alto quanto qualquer um dos meus.
Tive uma vaga consciência de ser levada de volta para a cama. Mulheres movimentavam-se ao meu redor, envolvendo-me com panos para estancar um sangramento, lavando-me, trocando a roupa de cama. Não prestei atenção ao seu falatório. Que importava se eu estivesse dilacerada demais para gerar outra - esta criança sobreviveu! Eu podia podia ouvir-lhe os gritos vigorosos, mesmo do quarto do lado.
Um rosto surgiu acima de mim. Era Sopater, com um homem vestindo os trages de sacerdote caldeu, que nem me lembro terem dito ser um astrólogo.
- O seu filho nasceu na quita hora após o meio-dia, disse Sopater, nós já temos um horóscopo preliminar. Marte está em Touro e Saturno se acha em Leão. Este menino será um guerreiro, resoluto na derrota e inflexível na vitória.
Mas Júpiter reina no signo de Câncer e ali também se situa a sua lua: o seu filho terá grande aflição pela família. Mas, acima de tudo, Aquário predominará, ascendendo com seu Vênus e seu Sol. Balancei a cabeça e ele se afastou ainda agitado. Ouvi o tilintar de vidros e compreendi que , no cômodo ao lado, eles estávam bebendo à saúde do bebê. Que injustiça, pensei então. Todo trabalho foi feito por mim! Mas esse era costume, quando um homem confirmava como seu filho e eu deveria ficar contente com isso."

As sacerdotiza de Avalon [Marion Zimmer Bradley].

invento.

Quando inventaram a paixão,
não me disseram que inventariam você.
Quando inventaram o desejo,
esqueceram de me dizer que ele lateja,
pulsa de vontade.
Quando inventaram o sonho, colocaram você nele,
mas apagaram o seu rosto,
e me deram a importante missão de te descobrir,
em meio a tanta gente no mundo.
E que quando descobrisse,
te entregasse meu coração.
Mas meu coração a ti já pertencia,
antes mesmo de nós sabermos,
que já éramos um do outro.
Quando inventaram o amor,
não esqueceram de te pôr,
aqui dentro,
bem pertinho de mim.

Lorena A.



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abortando...


Abortando meus instintos, às vezes pareço louca, enquanto todos pregam uma falsa verdade de que os instintos devem ser seguidos, e melhor ainda, permitidos.
Não, isso pra mim não faz muito sentido, pois o preço que se paga por tal desfrute geralmente é muito alto.
Não estou disposta a pagar mais por eles, pois minhas dívidas já foram pagas... mas sinto como se estivesse fazendo dívidas novas. Então, como tudo vai e volta, nada se perde e tudo se transforma, será que eu não esteja cometendo um grande erro?
Acredito que não. Pois a recompensa com certeza é muito mais valiosa. Quem sabe se abster de coisas que nem todo mundo é capaz de fazê-lo, pode morrer à míngua, mas já sente o cheiro da conquista antes mesmo desta se concretizar.
Menos preocupações me vêm, mais diversas formas de olhar terei. Quanto mais paro, olho, escuto, mais atravesso a rua com segurança e tranquilidade.
Quem já viveu em alguma falsa felicidade, algumas superficialidades deve sentir o que digo. Procurar a profundidade nas coisas nem sempre é fácil, mas com certeza é mais recompensador.

Lorena A.



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narcisa.



"Onde foi parar você, a Narcisa que se amava tanto e tanto sorria, tanto queria dar e mais nada ainda receber? Onde acabaram seus sonhos, suas esperanças, suas loucuras, loucuras de vida, loucuras de morte?
Onde está você, imagem refletida no espelho, onde posso te procurar, te encontrar, como te segurar?"


[acho que ela continua aqui dentro de mim]

[trecho retirado do livro 100 escovadas antes de ir pra cama de Melissa Paranello].

sexta-feira, 22 de junho de 2007

flores.



flores, flores...
para elas as palavras não são nada
preferem exalar seu perfume
do que fazer perguntas.
refletem o amor
mesmo indo aonde for
guardam em cada pétala
calor,
do meu amor
do nosso amor.


Lorena A.



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quarta-feira, 20 de junho de 2007

logicamente.



"Eu quero, raciocinando com lógica sobre a infeliz tradição a ela referente (à Helena*), libertá-la de toda acusação e fazer cessar a ignorância, demonstrando que seus acusadores estão equivocados. [...] Se o que originou seus atos foi o amor, não é difícil apagar a acusação de culpa de cada uma delas, e não não a que nós queremos. Ademais, mediante a percepção visual, a alma é modelada em seu modo de ser. Assim, quando a vista contempla pessoas inimigas revestidas de armaduras guerreiras com ornamentos guerreiros de bronze e ferro, ofensivos e defensivos e aterroriza sua alma, de maneira que muitas vezes fugimos cheios de pavor iminente [...].
Portanto, se o olho de Helena desejou em toda sua alma, desejo e paixão amorosa pelo corpo de Páris, o que há nisso de assombroso?
Se o amor é um deus, como poderia ter resistido e vencido o divino poder dos deuses, quem é mais fraco do que eles? Se trata de uma enfermidade humana e de um erro da mente, não há que censurar como se fosse uma culpa, mas considerá-la apenas uma má sorte."

[Górgias, filósofo, em Fragmentos e testemunhos.]



* o texto refere-se ao julgamento de Helena, sob a acusação de adultério com Páris.

sábado, 16 de junho de 2007

poem.a I

"Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu porque tu eras a que eu mais amava
E tu, porque eu era o que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do que eu
Porque eu poderei amar outras como amava a ti
Mas a ti não amarão como amei eu."

Ernesto Gardenal - Poeta nicaraguense.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

amores rompidos IV

>>

Enfim... passado o tempo... encontraram-se em um lugar público. Seus olhares se encontram e disseram um ao outro o que precisava ser dito. Sem o uso de uma única palavra. Apenas sabiam que estariam juntos dali a alguns momentos.
E fatalmente tudo foi consumado.
Mas nesse dia foi tudo diferente.
Ela quis, ela foi atrás, ela dominou a situação... ela fez tudo o que ele quis. Ela o saciou.
Ela deu a ele toda a pureza e voluptuosidade de uma puta, de uma ninfa. Ela entregou sua verdadeira essência.
O desejo maior dele durante todo o tempo juntos.
E, por conta desse despreendimento e permissividade, ela saciou não apenas a vontade dele, mas a sua própria vontade, seu desejo de vê-lo por baixo, de tê-lo totalmente entregue a todos os seus mais sujos desejos, e poder sentir, nessa silenciosa vingança que enfim, o teria deixado para sempre.
>>

Lorena A.


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paranoid android

When I am king, you will be first against the wall.
With your opinion which is of no consequence it all.

What´s that? (I may be paranoid, but not an android...).

What´s that? (I may be paranoid, but not an android...).

What´s that? (I may be paranoid, but not an android...).


[trecho de Paranoid Android - Radiohead]

amores rompidos III


>>

Depois de todo sofrimento que ele lhe causara durante todos os anos de convivência mútua... ela se sentiu pior ainda.
Era como ele tentasse justificar seus impulsos sexuais através de uma pequena desculpa. Como essa palavra representasse o band-aid de todas as feridas abertas durante o relacionamento.
Desculpa pelo que afinal? Por magoá-la com todas as formas de traição, de covardia e hipocrisia? Ou talvez com a sua frieza e silêncio... que muitas vezes a machucara tanto.
Ou por achar que ela ainda era apaixonada por ele como era há alguns anos atrás?
Nesta noite ela não dormiria mais....
Clareou o dia pensando na situação infame que havia acabado de passar... os sentimentos dele para ela eram mais que indiferentes... eram insignificantes. E pela primeira vez na vida, ela não sentia remorso de ter esse sentimento por alguém que um dia já o havia amado tanto.
Mas na mesma noite ela sentiu que o elo ainda não havia sido rompido totalmente. Havia algo pendente. Que ela sinceramente não sabia do que se tratava.

::Lorena A.::


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terça-feira, 12 de junho de 2007

amores rompidos II


Desculpar-se? Não havia algo mais inconveniente que ele pudesse dizer-lhe naquele momento?

Um adeus seria mais digno.



::Lorena A.:::


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domingo, 10 de junho de 2007

eterno retorno.

"... é mais que uma fantasia, mais realmente que uma experiência imaginária. Escute apenas minhas palavras! Bloqueie todo o resto! Pense no infinito... Olhe para antes de você, imagine que está olhando infinitamente para dentro do passado. O tempo se estende para trás durante toda a eternidade. Ora, se o tempo se estende infinitamente para trás tudo que pode acontecer já não deve ter acontecido? Tudo que se passa agora já não deve ter percorrido esse caminho antes? E se tudo aconteceu antes na infinidade do tempo, o que você pensa a respeito disto? (...) E o tempo que se estende infinitamente para trás não deverá se estender infinitamente para frente? Nós neste momento, não deveremos retornar eternamente?"*

*Quando Nietzche chorou [Irvin Dan Yallom].

amores rompidos I

>>
A testa suada denunciava o nervosismo que havia se instalado nele, enquanto ela mantinha-se forte em suas palavras, tentando manter o controle da situação. A cabeça dela rodava e mil coisas vinham à tona ao mesmo tempo. Flashs, segundos passavam como eternidades e o seu medo estava por acabar, por se entregar a ele, quando foi surpreendida por um ardente beijo.

A ânsia daquele momento o fez torná-lo mágico. A sua ação, angustiante. Não era o mesmo beijo, a mesma onda, o mesmo calor. Sufoco sentiu quando tocara-lhe o seio, repugnância, ojeriza.

E ele tentava deliciar-se em seus lábios quando ela veio a esquivar-se de suas carícias.

Largou-lhe e saiu de perto. O coração a mil demonstrava todo o impacto que aquele encontro lhe causara.

Insatisfação foi o que sentiu... por estar de novo passando por aquela tal situação que no fundo nunca mais esperava passar. Mas havia algo que lhe conformava, o seu desejo de ter experimentado aquilo, nem que fosse a derradeira vez de uma paixão que havia morrido há muito tempo.

De repente, quis desaparecer como um raio, sem dar explicações. Abriu a porta do carro e desceu... correndo pra alcançar o prédio onde morava, com medo que ele insistisse em querê-la de novo.

Ela estava apavorada... enquanto ele atrás, no carro, vinha em sua direção, provavelmente com algumas interrogações na cabeça e dissera-lhe apenas: “Desculpe-me.”


lorena a.


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e à noite fala-me de ti.


>>
e sempre as horas torturam o meu lar

coisas que sempre costumam ficar no ar
enfim a ti meu coração resolvi entregar

em meio a duras penas que terei que passar

mas por ti tudo vale

pois se tranformaste em mais que apenas detalhe

e mesmo dentro de um íntimo combate
aqui permanece um colo

que espera para confortar-te.

>>
lorena a.


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sábado, 9 de junho de 2007

apresentação


[Apresentação]


Apresenta-se assim

Leve, e ao mesmo tempo,

Tão cheio de si

Que em mim transborda.

Apresenta-se a mim

De forma previsível,

Desfrutando da pressa,

Adiando o inevitável.

Apresento-me a ti,

Desprovida do pudor,

Despida com luxúria.

Enfim,

Apenas eu,

Desejando o improvável.


Lorena A.



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sexta-feira, 8 de junho de 2007

concluo.

>>
Podemos nos dar ao luxo de insistirmos em nossos erros,a fim de satisfazermos nossos desejos mais ocultos, como o fato de sermos poucos tolerantes à mudanças, entregues ao apego e a um suposto amor (ou paixão)?
Podemos ficar impedidos de seguir a nossa própria vida, nossos sonhos, nossos objetivos... ao simples desejo de querer quem não nos merece do nosso lado?
Não podemos nunca querer mudar as outras pessoas. Temos que aceitá-las como são. Aprender que da mesma forma que pretendemos ser aceitos por outros, devemos respeitar o modo de as decisões alheias.
>>
Talvez isso se chame também amor.

Lorena A.


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in motion #1



I see him turned away
Althought my eyes are shut with emptiness
And again the rain falls down
Together with me...

This blood in my body
Runs for you
Drink my tears as I cry.

My head and my mind
Crave for you
Drink my tears as I cry.

It is sad
How the rain falls down.

I see you walk away
Falling down, scream your name
And again the rain falls down
Together with me...

My ache is your as I am
Drink my tears as I cry.

[The Gathering - In Motion #2]

e eu fingo ter paciência.

Paciência.
Virtude ou amadurecimento?
A vida inteira escutei coisas do tipo: "paciência é a maior das virtudes", "tenha paciência que tudo dará certo"; mas nunca havia sentido na pele o poder dessas palavras.

Mas o que dizer a um ser humano que sofre com um grande mal da humanidade, a ansiedade?

Fazer o tempo parar sem sofrer tanto com a angústia da ansiedade, pra mim é um desafio e tanto. Antes eu encarava com um grande fardo, uma coisa big demais pra carregar nas costas...
Mas daí me surge um provébio. Deus não dá fardos maiores do que aqueles que você pode carregar. Será? Enfim...
Acredito que não. Minha espiritualidade não permite. Minha racionalidade também não. É como se tudo que eu aprendi e que vivencio hoje caísse por terra. Mas não, porque o que acontece é o que vivo. Presencio. Pode ser que a opinião da visão de alguém seja meio suspeito. Mas acredito que todos vivem esse momento em suas vidas.
Mas porque seres humanos sofrem tanto com esse mal? Talvez porque a cultura da disseminação do carpe diem esteja um pouco equivocada. Temos em mente que devemos sempre aproveitar nossos momentos como se fossem os únicos em nossas e vidas
e fazer disso sobrevivência em meio aos deslizes emocionais. Saber aproveitar cada momento nem é tão comum de se ver assim. O que mais se vê são esteriótipos de bem estar e qualidade de vida que muitas vezes as pessoas pregam e tentam nos convencer de qualquer forma que aquilo que pode ser bom para elas com certeza vai ser bom pra você também.
Que muitas vezes nem é o que elas realmente vivem - na maioria das vezes são camufladas com aquilo que querem que pensamos dela, tentam assim, dissimular um eu nem sempre tão bom como o que aparenta ser.
As máscaras estão por aí espalhadas disseminando o medo.
Mas acredito que a grande sacada não está simplesmente em detectá-las e destruí-las.
E sim em ver o que há por detrás delas, fazendo com que a superficialidade perca valor imediatamente.

Lorena A.



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pecados.


Pecados? Vícios, desejos, obsessões, esquizofrenia, passividade, narcisismo, avareza, luxúria, poder, amor(?)...
Seres humanos têm fraquezas, delays, realidades paralelas e tentam o tempo todo conciliá-las, enquanto o mundo gira em torno do seu próprio eixo. Eis que são características dignas de um portador do egoísmo, um sentimento quase patológico, que destrói relações e tem um alto poder de atração. Pessoas egoístas são sedutoras, pra que sempre, em toda e qualquer situação, tirem proveito do destino.
Desejos que teimam em reinar em nossas vidas como que missões de guerrilha, que nelas os tiros são disparados em nossas consciências... às vezes menos aparente, resguardada, mas com latentes reflexos em nossas vidas.
O medo como refúgio, a busca da vida em uma realidade paralela contida na esquizofrenia é relevante. A realidade pra uns, é mais doída do que para outros. O que não nos impede de sermos capazes de superar os turbilhões em cada vida.
Ter o vício do poder também supera limites. O desfrute do controle é absolutamente um fator para que o mundo mude em um segundo. Cada ação em favor apenas de um profundo desejo de ser superior em relação aos outros é nauseático.
Como ousa o ser humano querer ser comparado como melhor dos outros sendo que todos têm a mesma essência? No fundo todos temos alma de humanos. Algumas mais evoluídas, outras no caminho... Níveis de evolução psico-espiritual. É como eu chamo.
E a paixão... Ah, a paixão! O presente sentido da vida que todos tanto procuram... O tesouro escondido nos tempos, felizes dos que o encontraram... Mas caóticos aos que fizeram dele sua sina.
Paixões constroem guerras, países e disseminam o medo.
Paixões de casais, como de homens de caráter com belas mulheres; mas também acordos políticos e sociais que são capazes de parar o mundo.
A paixão é o maior dos pecados.
As suas podem ser quase um crime.
O poder, o desejo, ambição, são amores também.
Companheiros... assim como as lembranças.

Lorena A.



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scraps.


Trimera Casa de Letras.

Blogueiros do Piauí.