sábado, 2 de agosto de 2008

cotidianismos.


Tem dias em que a lua se inverte assim mesmo e me causa uma certa tontura. Vertigem das coisas. Vejo as coisas cotidianísticas sem nenhum pudor ou poder acorrentado. Nesses momentos, jorram questionamentos sem fundamento. Coisas que poderiam ser evitadas e eu perderia menos tempo pensando. Planejando, programando. Mantendo a mente trabalhando por coisas que se concebe no futuro e nos faz esquecer por pouco do presente brilhante a que pertencemos.
É, acho que é isso.
Mas te digo também: não sou tola. Peco porque peco porque sou essencialmente fartamente descaradamente e enfadadamente humana. Coisinha simples de se compreender por isso que eu não compreendo nunca. Minha fase é na complicação, naquilo que me faz raciocinar, por vezes sem uma determinada serventia, mas por medo de viver no vão.
Pronto então!
Era só o que faltavam: as palavras.
Palavras, sim, mas certezas não. Pra que dizê-las então? Usa tua magia? Apenas porque tens a boca tão carnuda quanto à minha e a força do teu pensamento me faz chegar até você. Até tuas pernas e teus pés gelados, aos quais meu calor é compatível e eu consigo esquentar.
Corpos gelados pedem sangue quente.
Palavras de adeus pedem momentos de chegada, e eu peço e peco por ti.
Por vezes querer tuas maneiras dentro das minhas e com isso poder contemplar as estrelas. E dentre isso tudo, sentir na pele um toque de redenção.



The tears that I cry, they washed my eyes for that I see better you .




Lorena A.

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