terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Divagações [não] têm que ser curtas 2

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Então me rendi ao que mais achava que era bonito... Óh coisa linda e pervesa paixão! Eu, não! Não quero mais esse troço não, que me faz perder o medo e cair pra trás. Deixar de lado a identidade e ser do acaso, um troço inventado pra gente poder fazer o que quiser com a vidinha alheia.
Afinal de contas eu ganhei um cérebro depois de toda formada na barriga da mamãe. Assim o presente maior foi dado-me como uma dádiva. Não posso disperdiçar a oportunidade. Antes os desejos soavam como a nona sinfonia de Beethoven em meus delicados ouvidinhos, hoje são como bate-estacas amorais que penetram no meu tímpano e rasgam todo o tecido nervoso dentro dele... Invadindo tudo, até os meu sonhos.

Dei-me conta do quanto a prisão estava adormecida diante dos meus olhos, do quanto os dias de cinza me remetiam a sentimentos absortos por lembranças retrógadas que nem o choro em mim provocava mais. As lágrimas que choro, devem ser merecidas por um anterior plano, um anterior mundo, o meu mundo-eu. Que quando sempre a tal devastadora penetra em mim, me faz esquecer.

Então o parecer é de que tudo demais complica. E eu gosto de complicar. Eu transbordo. E é complicando que se recebe.


Lorena A.

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