terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Divagações [não] têm que ser curtas 3

[...]

O tratado foi então anulado e eu fiz outro tratado, o com a minha loucura. Mas com uma loucura só minha, que me deixa muito mais além, mas não aquém. Não a quem quer que seja. Eu sou minha, só minha; de uma vontade egoísta que eu nunca pensei que fosse capaz de me permitir sentir. É, porque tudo na realidade do antes seria apenas a doce vontade, que se chama por medo, medo de sofrer um tal de remorso que apenas a pouco tempo eu descobri o quê que era.
Porque assim é muito mais fácil pra você, muito mais fácil pra ele e muito mais prazeroso pra mim, o gosto amargo da facilidade me corrompe e eu volto a ser a menina boa que antes a tudo cedia e fazia da sua vida um palco de dançarinos de sapateado onde ressoam até hoje o eco de seus calçados.
O muito bom não está mais por vir, ele já veio e com ele o espelho do mundo, de uma consciência absoluta, dominadora que é capaz de fazer milagre com as palavras. capaz de mudar-te, de te fazer perder a fala, de fazer ser quem você acha que não é.
Talvez isso soe ate meio pecado, mas de pecado e eu entendo e acho doloroso viver sem o pecado. enquanto todos querem viver longe deles eu quero mais é que o pecado da compaixão se alastre e eu, de vez em quando chore um pouquinho também. Misericórdia.



Lorena A.

Nenhum comentário:

scraps.


Trimera Casa de Letras.

Blogueiros do Piauí.