terça-feira, 27 de maio de 2008

Almost there!



E eu ainda não me livrei desta verdadeira verdade, consolidada, com gosto de saudade.
Daquela vontade de chegar em casa do trabalho e te jogar na minha cama. De aparar a sua barba e futricar sua barriga. Ou melhor, deixar que você me futrique. Bem sentimento de balança, eu prefiro não decidir nada. Apenas sinto vontade e sugiro-as de vez em quando.
Quando o seu ser quer, ele me obedece, mas quando não, sou eu que tenho que fazer manha, antes que todas as idéias tolas se tornem visões ad[úl]t[er]as da minha vida e me façam deixar voar nessa constância impermanente de ser menina, ou de ser mulher, tanto faz.
O gênero é o mesmo e eu ainda não sou capaz de mudá-lo nem com a minha pretensão. Não sou Deus [ainda]!
E ainda aquela que grita feito gasguita disse que eu ia ficar louca. É difícil, porque eu enlouqueci lá atrás, num passado até que meio recente [ou indecente] pra gente. É difícil alguém enlouquecer mais de uma vez. Só se fica louco de verdade uma vez na vida.
E o cheiro de saudade ainda desmonta a minha boca.
Pupilas gustativas me distinguem da maioria dos mortais, me lembram o tempo todo o quanto sou real. Me lembram o tempo todo o quanto a realidade é transitória e eu até certo tempo estava perdendo tempo. Mas quando eu resolvi jogar a lagartixa na parede e chamá-la de meu amor, tudo ficou certo, simétrico, lindo...
... e com um sorriso encantador.


Lorena A.

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