terça-feira, 20 de maio de 2008

Could be.



Eu poderia ser aquela que acordou tarde e encontrou um vazio na cama. Eu poderia ser aquela que diz que vai cuidar de você e no entanto, não consegue nem dar-te os remédios certos na hora certa. Eu poderia ser aquela que fica do seu lado, que sai com você à noite e distribui toda simpatia em seu nome. Eu poderia ser também, aquela que diz que gosta de você de verdade, mas que no fundo, não é ela que você ama.
Eu poderia ter ficado contigo, até quando um abajur fazia mais diferença sua vida do que eu. Eu poderia ter ficado ao seu lado, mesmo que sem o corpo presente, esperando uma luz caísse na sua cabeça e te mostrasse o meu real valor. Eu poderia sim, ter ficado inerte, aparente, inconsciente, esperando a melhor hora pra deixar de te amar.
Mas como eu poderia ser tanta coisa, preferi ser eu mesma, sendo aquela que escuta o seu violão tocar e se arrepia. Aquela que escuta o ruído do seu sorriso e estremece. Aquela que viu nos seu olhos, a beleza do teu ser. A vontade de viver que tanto você tenta esconder.
E de mim você não esconde nada. Nem esta vontade insana que se perpetua durante toda uma vida (juntos), e não tem medo de nada.
Em busca da vontade coerente, o acidente foi pré meditado. Já estava escrito nas e[n]strelinhas.
E tudo foi por água abaixo.



Lorena A.

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