
Nada é interessante. Nada me passa pela cabeça. Tudo foi em vão, um deslumbre. A coisa foi perdendo a cor, ficou feia, e eu meio sujo e sem graça; sentindo brisa e o olhando pro céu.
Vontade doida foi aquela mesmo. Sim, aquela que surgiu sem mais nem menos. Nem pouco mas pra pouco. Apenas um. Dedicado, único. Vontade e ser todas as possibilidades do mundo. O chão que pisa e a idéia que voa. E o coração que arde.
Canções repetem o novo ser. Saudades brilham como faróis. Dizendo sempre o que deve ser lembrado. Levando solto o que deve ser esquecido. Endurecendo e guardando aquilo que deve ser eterno.
No mais, a cantoria, o vento leva solta. Tudo que prende, tudo que voa.
Lorena A.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
It´s raining...
sábado, 26 de dezembro de 2009
For new year
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Come wander with me...
"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também."Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Moon Shine.
Hoje pude ver o brilho da lua. O céu se abriu e me mostrou um sorriso refletido, uma imensa escuridão que foi quebrada pela doce e exuberante luz. De alguma forma não há mais tanta escuridão assim. As lâmpadas soltas, que conduzem o céu, fazem uma dança com os astros e me devolvem o que perdi, deixando sorrisos e distribuindo corações.
Sei que há buracos negros, horas a fio, e muita gente inteligente pensando. É raro quando a alma se eleva, sem precisar saber de nada, sendo livre, espontânea. Mas a poucos passos mora o paraíso. Quando se sabe caminhar, qualquer distância torna-se o caminho.
Lorena A.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Recipiente.
Meu coração é selvagem
Eu só consigo transbordar
É o que de fato me dá alma
Motivo algum pra caminhar.
Me sinto salva pela harmonia
Pelo equilibrio de ser
Das várias faces de ser lua
Quero todas:
O remédio e o veneno
Algo que rebole por dentro
E traga ordem pro caos
Que vive dentro de mim…
Amor que toma forma do recipiente, que toma dor e dorme, que evapora e fim.
Lorena A.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Please hide me.
Te ignoro por ainda não conseguir ignorar em mim o que ainda existe. O que ainda me leva aos olhos um brilho com cor de futuro. Uma vontade máscula de ter sido alguém em algum outro lugar. Transcendi várias vezes como eu poderia ter feito. Como deveria ter sido. E as pessoas ao redor notaram. Me expandi, me elevei, feito a alma que me deixou assim. Que me mostrou uma altura antes por sonhos desconhecida. A alma, esta estaria lavada se alguma lágrima tivesse caído a mais e a ligação mais forte, de telefone ou de abraço, não tivesse sido naquele mesmo momento. Poderia ser antes ou depois de tudo o que eu fui e vivi, mas preferiu ser durante, uma forma nova de me possuir. De me adentrar no mundo central que eu criei e deixar de lados os colaterais, as projeções e as vontades de estar no frio. Mas o frio. Ele continua atormentando. buscando em mim um momento que possa esfriar o meu corpo. Deixando de derramar tanto calor acumulado, neutralizando, e trazendo algo de você pra mim. Mas a vida e as estradas estão aí, pra serem percorridas. Pra demonstrarem algum zelo por minha liberdade. Pra demonstrar o quanto eu posso.Lorena A.
sábado, 28 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Metalingüística.
E ainda te digo mais
Que mesmo quando tudo parecer meio sem sal
Sem sol ou sem nada
Eu jogo algo que tempere ou descabele
O meu gosto de desejo por ti.
Distancio pra buscar algo novo no dentro
Algo velho, um antigo
Guardado dentro de algum coração.
Também busquei por entre as nuvens coloridas
Por entre as árvores e um colchão
Uma saída permissiva
Deixando rastros
Expandindo o que foi bom
Cristalizando em retrato memória
Quase uma canção.
Lorena A.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Scorpion Venom
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Some red...
Hoje me vi naquele norte, naquele campo elísio que tanto percorremos pra chegar e avistar que tudo pode ainda ser tão belo como a verde claridade esperança que brota de seus olhos. Pensei em ler dez livros de uma vez, de emagrecer dez quilos, contar dez histórias e dormir dez horas por dia. Aquele seu grito abafado embaixo de algum outro edredom ainda pode ser meu, desde que em algum jardim o perfume da rosa devolva o perfume que exalo por poros de pele e fios de cabelo. Tudo ainda sim é cabível quando se dá entrada ao novo, quando me exponho ao meio do sol e deixo que a minha cabeça voe. Imediatamente me parecem aqueles dias sem ânimo, aquelas noites em claro e uma nuvem míope que aparece diante dos meus olhos em cada momento em que me abraço à filha do medo, a dúvida. A mente gera momentos de incerteza e eu, viciada em racionalidade me deleito nessa angústia incessante do pensar e me proponho a escrever, devolvendo a vida aos meus olhos, devolvendo o movimento dos meus dedos. Nunca imaginaria que pudesse caminhar por tais sombras, que pudesse chegar a tão altas nuvens, e que fazendo isso pudesse encontrar retinas diferentes, espelhos cheios de alma, que refletem somente uma imagem contorcida: eu. Daí, as nuvens se colorem e põem-se a exuberar toda a margem que ainda não havia conseguido chegar. Por durante meses e anos ouvi falar em repetições. Não havia então ter de querer viver as mesmas sensações e sentir a mesma pele sendo que dentro da minha maior rouquidão eu conseguisse te fazer falar a minha língua e calar-me com a tua boca. Agora traga seu discurso inconclusivo sobre o amor! A própria armadura do guerreiro derrotada diante da beleza de uma flor que deita e derrama a ternura de um mundo inteiro. Diante dos seus olhos, dentro do seu peito.quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Jesus is A Lord!
Nenhuma outra face emite o mesmo som. Quando as luzes se acendem o sinal está dado e eu sigo em frente tentando penetrar em ondas luminosas que me encantaram desde a primeira vez que vi teus olhos. Nada permitido. Nada programado. O absurdo cantou-se em nuvem e eu caí... E até mesmo essa nuvem surda pode me fazer descobrir os enormes sons que em mim habitam. Fujo de um mundo onde os falcões têm voz e vez, e minhas pobres asas ainda estão por se fazerem crescer, onde o meu nome habita somente a boca daqueles que o usam, onde o meu corpo é estrada da vida. É tudo tão sinérgico! Tanta luz na escuridão, tantas voltas que assim só se vê quando o candelabro está com a vela acesa...'E nem ligo, como pode no silêncio, tudo se explicar.'
Lorena A.
domingo, 27 de setembro de 2009
Complexo de Ícaro
Frame.

Já consigo perceber que a vida é feita de fragmentos. Momentos que se misturam a histórias e fazem um eu, fazem um você. Vejo isso a cada momento que entendo, sinto e percebo. Dentro de um moinho louco dos acontecimentos, vejo gotejamentos de intensidade e lucidez; uma maneira rápida e evidente de se dizer o que é vida, de se perceber humano. A cada dúvida esmiuçada, a cada banho de desejo ou de decepção, a impermanência minha amiga se revela cruel e absurda; majestosa e divina.
No suspiro que precede a palavra prestes a ser propagada, eu me abrigo naquela que cala. Depois que descobri a profundidade do abismo imenso que há dentro de mim, perdi o medo de me jogar…
Lorena A.
domingo, 20 de setembro de 2009
Nocturne

Quero me forçar a desfazer o óbvio, quando o que ainda consigo manter é verdadeiro. De uma força cálida e estúpida esse vento torto me faz borbulhar, entre os devaneios tolos e as mil e uma possibilidades. Derramo ego como quem colhe sentimentos. Perco a vontade e me torno pálida. Mas cheia de sangue e de carne por dentro. Os olhos ainda brilhosos escondem uma face lânguida e monótona, cheia e lacunas imperceptíveis ao teu olho nu. Penso em viver a vida que há nos haikais, nos contos lúdicos e românticos. Na maestria geral que habita os sons de harmonia. Na leveza imensa que deve haver no teu toque que sinto ao me olhar. De onde provém tanta pureza? Existe permissão pra se sentir assim? Habito em peito, um coração. Digo ao mundo, o todo. Eis me o amor de verdade! Redenção!
Lorena A.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Disparidades...
E tudo do que parecia ser, se torna nuvem dispersa.
Que vai voando junto com os meus dias
Junto com os dizeres que não foram murmurados
Nem as noites não dormidas.
Tudo some e desaparece instantaneamente
Procurando algum lugar pra sentir que existiu
Ou querendo ser alguém que um dia não foi.
Tudo não passou de brincadeira
Foi coisa à toa, passatempo.
Pois coração não atinge cérebro
E cérebro não atinge coração!
Penso no tempo, na vida, no vão
E continuo a buscar o brilho da minha estrela
Em cada um que circula pelo meu caminho
Em cada canto que percorro
Por cada lágrima que me ofereçam.
Lorena A.
domingo, 23 de agosto de 2009
Ausência.

Eu adoro ficar em casa sem janela e nenhuma porta fechada.
Eu adoro ficar inerte passando pelo céu da tua boca.
Imenso vazio no peito deste ser que se chama de meu,
Desse cheiro intransigente que me perdoa a cada vez que a ele me rendo.
O que fizeste de mim?
Usaste a tua magia?
A tua mecânica de flores,
Um grito de idas e vindas...
Naqueles absurdos que você não me diz... Apenas silencia.
E eu calo devaneiadamente, junto com as rosas desvanecidas
E a ausência que carrego de ti.
Lorena A.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Leque.
Chego a ficar até tarde pensando nas possibilidades que dormiram em mim. Na chuva que teima em não cair e naquela próxima época que vamos viver. É tudo tão bonito, que merecia mais. Estar mais perto, mais presente. Sem fatos sórdidos. Só nós simplesmente.
E mais nada.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
GO
Nick Farewell
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Eye.

Quando a paisagem se reverte
E tudo que gira se torna nobre
A amizade se procede
Dando-nos vida e consorte
Vento traz idéias oriundas
De mundos que nunca vivi
Absurdos de angústia rouca
Passados, presentes
E afins.
Tudo que hoje transmigra fome
E a imprevisibilidade de um amanhã.
Lorena A.
Picture by Jailson Filho. (por El Trio Fotografia)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Até onde se pode ir
Sendo que sempre onde há abismo
Há o profundo?
Sendo sempre o mesmo infinito horizonte
Algo que ascende sem dizer por quê.
E há um por quê?
Por que haver lógica em tudo
Dentre as lacunas irracionais?
Me pergunto se há algum mundo
Se ainda existe algum modo
Algo mútuo e brilhante
Calmo... E passivo...
Sua mente,
Sua estante,
Sua âncora
Vôos rasantes desconexos
Correndo riscos e deixando pegadas.
Clareando a mente pra enxergar o caminho.
Lorena A.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Olhares
Seu jeito de ser eu sinto logo
Algo que condiz com o conturbado
Com o impetuoso e o límpido
Assim mesmo quando me mantém segura
Dentro do cálice de escuridão.
Que por onde ando me perseguem
Trazendo junto com raios de Sol
Lado negro de Lua
E pequenas passagens entre um e o outro.
Sendo ser desapegado que chora
Mas que depois se revela a liberdade.
De ver o mundo e suas outras cores
Compor canções em língua de anjo
Perpetuar a terra manchando-a de sangue
Buscando lábios azuis
E olhos verdes.
Tudo se abriu sem pudor alternativo
Sem um porque conseguinte
E eu
Não posso perder esse circo
Pois foi em mim
Que algo não se perdeu...
Lorena A.
domingo, 9 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Mar Egeu
Chuva de prata que entorpece o estômago, a cabeça, a pele e tudo que te causar uma sensação de que nada pode dar errado; que o acaso vai nos proteger. É bem assim quando se define algumas escolhas. Pois ao mesmo tempo em que se obriga a viver pós traumas, superações; o mar de dúvida se abre como no mar Egeu e você se vê com o mundo em suas mãos. Eu não me importaria de sentir uma nausezinha por isso, não. É tanto que senti um novo desejo; um desejo de liberdade física, que pode vir a me servir em alguns momentos recorrentes. Antes e depois do fato. É como se somente o poder contemplar o céu lá de cima, já me abrisse os olhos, sendo simplesmente o profundo meio da dualidade das coisas. E o que seria eu?sexta-feira, 31 de julho de 2009
Eixo
Olhando a Lua me descobri nela
E descobri quanta graciosidade persiste
Quando o que se deseja é o amor!
Fico a vagar por horas sem saber o que existe
Buscando nadar em vôos nada cômicos
Mas que atomizam o meu desejar.
Tudo que se diz não é mais torto
Nem oco
É preenchimento de querer.
As vidas agora se entrelaçam
Entre mundos
Vidas engatilhadas, prontas para atirarem-se
Rumo uma à outra.
Vida:
Sendo tudo aquilo tudo que pulsa
Aquilo tudo que pensa
E tudo aquilo tudo que nos move...
Traz o descobrir um caminho novo
Percorrido por espírito velho
Mandando vir de longe
Aquele sabor de estrela
Aquele toque de nuvem
E aquele perdão pra sempre...
Na foto, um semblante
De perto um coração
A vida, sem qualquer opção, arde
Tresloucadamente, então
Sigo seguindo-a sem saber sofrer
Protegendo o âmago feito concha
Ou doando o eu
Ou algo que se perdeu no meio
Que já não me pertence mais!
Pois só me rendo ao universo
Ao além de tudo
Que me deixa em paz.
Lorena A.
scraps.
And they drink another tears...
- a desjanela dela.
- agua de annique
- albert piauí.
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- amy.
- anjo torto
- anna barbara sá
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